Descrevo aqui as coisas simples da vida, combinando meio ambiente, fonte de inspiração, à poesia. Ao revés da aura que ronda o espírito da vida, espreitando destruição, busco demonstrar, através das palavras que a poesia e o belo não morreram. Revivem em sua chama infinita, sob a benção do Grande Arquiteto do Universo. Somente o amor entre os seres, traduzido em versos de cristalinos matizes, move o mundo. Preservai o que é belo.
Seguidores
quarta-feira, 27 de julho de 2011
O Coletor
Meu vinho branco cristalino desce suave pela garganta
Enquanto ouço palavras doces ao ouvido
Palavras baixas
Sussurros
Te entendo, gemo
Continuas a sussurrar aramaico, palavras de 2.000 anos atrás
Como um tiro na cabeça de JFK
Uma pancada o que sussurras, minha linda
Perguntas, tentações, canela
Nós dois caminhando juntos pelo aeroporto, com casacos quentes, vermelhos e espalhafatosos
Feitos de plumas de tiê
Ambos com óculos escuros para disfarçarmos os olhos derretidos de tanto beijo
Tantas palavras sussurrantes
O poeta é um coletor, não consegue se desfazer de sua musa
A musa pede, mas o poeta não consegue
O poeta vive da inspiração distante, vinho e beijo impossível
Lira dos Vinte Anos, taverna
Vive da busca incessante pelo Cristo, paz no coração da amada
Natureza
Com suas patas de centauro, é guerreiro forte
Arco e flecha engatilhados, pronto a acertar corações perdidos, pulsantes
Mal sabe o poeta que é ele próprio a vítima da musa de cabelos de fogo e verão
Joga os dados sem se importar com o resultado, a posição
Sempre perde
Mas sabe o poeta que transmite felicidade à musa em território distante, americano
Aeroporto JFK
Yelow cab, camisa-de-força aberta
Quitina
Tudo em minha musa é fresco e encantador
Possui a força de um touro, o olhar cândido e simples dos anjos celestiais
Na mata, quando encontra o centauro, sabe que flecha nenhuma será capaz de atingi-la
Olhar nenhum será capaz de arrebatá-la, eis a musa
Com seus olhos de fogo
Sua voz doce sussurrante
Eis a alegria do poeta
A musa, de plumas vermelhas, ferruginosas, esvoaçantes
Uma brincadeira estas iniciativas poéticas em que ruborizas a face
Pedes para parar
Não continuar
Assim escravizas mais, perdes outras flechas, agarros, folhas caídas
Qual o teu fuso?
Onde tua avenida?
Voltas quando?
Sabes onde achar as respostas do poeta a pedidos vãos
Em sussurros, voz doce, suave, mugido de touro, pasto
Quando partistes criou na mente do centauro um psicodelismo de ausência (sinto falta!)
Uma saudade onírica, árcade (Pan e sua flauta mágica pela ravina, o lobo-guará)
Eis que surge o poeta
Para te encantar distante
Ficar feliz (olhos derretidos, camisa-de-força)
Palavras sussurrantes.
sábado, 23 de julho de 2011
Wine House
Adeus Amy, vou para casa preparar vinhos
Batendo asas, escalando o céu, toda noite livre
A resposta não veio, não fez falta
Tempos suaves se aproximam
Bons Jesus, cabelos loiros, mate
Camelias sinensis, sinos, sinos e mais sinos
Batem, ressoam em meu ouvido, minha língua sente o gosto doce
Não mais ácido, teu amor me faz dizer palavras americanas
Yellow cab, tiê mágico amarelo
Ferro (Iron)
Vou retirar de tua face alva o véu negro
Colocar-te alforje quadriculado (flanela)
Só
Por debaixo, tuas pernas não sentirão frio, sino ressoando na madrugada
Mãos unidas em preces, novenas, aviões
Uma pancada Fernanda
Um só beijo e vinho, na casa onde se produz
Adeus Amy!
Te deixo.
domingo, 17 de julho de 2011
Macário
Tuas roupas de menina no armário
Vidros de perfume sobre o mármore do banheiro, lápide
A cama desarrumada
São Paulo pela janela cinza, carros a passar
No litoral sul a restinga se regenerando
Atingindo estágios primitivos
O ponto G sumiu, você foi embora sem blusa, sem calor algum
Abro mais uma garrafa de malbec, mato
Venderam a chácara, os palmitos
Previ construtores destruindo a mata ciliar, construindo em áreas não permitidas pela legislação vigente
Aqui tudo é cinza, nada suave, São Paulo
Paulo de Tarso, o qual foi curado no deserto da cegueira pelo Cristo, conheço pouco
Cada vez me conheço menos
Não sei o que é caridade
Creio estar ficando louco, saio pela casa falando só, palavras tão desconexas, nem poemas viram
Sinto falta de um amor, não olho para frente, vivo do passado que hesito em voltar
Ninguém me acompanha, viaja comigo, me dá beijos amargos, pede para acelerar
Ninguém
Fostes para a América como águia vespertina
Fiquei procurando plumas vermelhas de tiê nas matas do Sul
Penas robles, bagos de uva
Gosto esmaecido, tudo tão triste sem paixão
Fostes para as serras de campos gerais, lutar pelo ouro
Perdi minha companheira, a menina dos perfumes em cima da pia sacra
Enquanto o padre reza, meu espírito caminha para a procissão, um leitão é abatido, o bagre cavernícola nada, se esconde da luz
É inverno
Abelhas não produzem mel no frio
Cessa a ressaca na praia
Por favor me esqueça, não aguento tuas energias de saudade invadindo meus sonhos
Tuas fotos de empórios, música, em endereços eletrônicos
Ausência de resposta no Alentejo, cisão
Cristo na cruz, lágrima de vinho escorrendo em taças de cristal
Aromatizador de ar
Flores exalando pólen
Abelhas polinizando sob neve
Falta teu sexo, corujas gigantes, bancos perdidos na praia escura
O facho de tua boca de luz a penetrar meu espírito
Estás nas serras, trabalhando o fog branco americano
Fazendo fumaça, não amor?
Posso te pagar um telefonema, uma taça de vinho?
Cataia?
Beberás comigo, muito?
Esqueçemos o casamento na Igreja, no cartório, a festa
Na Igreja de Santana pingamos colírios em nossos olhos derretidos
Nos beijamos
Com gosto mavioso de tanino na língua enlouquecemos
Colocaram-nos uma camisa-de-força em cada um, nos levaram ao aeroporto
Direto para Nova Iorque
Nos empurraram para dentro do yellow cab, não conseguimos fazer amor por causa da camisa-de-força
Mas quando nossos olhos se cruzaram faíscantes
Nunca houve amor tão belo
Passavam as luzes de Times Square
Observava em tua face, teus longos cabelos, a imagem de uma santa
Faltava o véu branco de linho, claro
Mas tal não foi fator impeditivo para ver minha santa
Aquela que iria me salvar da loucura que invadiu meu ser
Das palavras desconexas recitadas só em casa
Dos olhos que não derretiam
Não viraram poesia
Da amante de Drummond em seu velório
Do vestido de noiva que o Dr. Tomás não conseguiu terminar
Das madeixas perdidas na África, não na Bahia
As maldades que fizeram com Bárbara Heliodora
O filho de Marília
Os olhos verdes de Chico
Fado
Além do Tejo há mais uva
Mas meu vinho predileto está na Argentina, para onde vou assim que me retirarem desta camisa-de-força
Açenda um cigarro para mim, por favor amor
Acelero pela restinga
Pensando em teus vestidos finos, floridos como raio de sol
Guardados no armário
A porta de tua casa é ampla, cantaria fina
Quando entro, imediatamente sinto cheiro de canela
De outras meninas com vestidos floridos não tão lindos como o teu
Mas muito alegres, sorridentes e prestativas
Me olham como se eu fosse o poeta
Sinto um desastre preeminente
Um sertão invadir a alma, sem o frio das serras, da pedra-menina
Alguém tem uma camisa-de-força forte?
Um morro, uma forca?
Faca para pulso, Evangelho?
Paulo e Estevão?
Fumaça cinza, estás de volta à São Paulo lindo
Nova Iorque soa distante, como se nem tivesse pisado os pés lá
Que fome que tens hein garoto?
Tuas mãos, o chão de nossa casa salgado
Abres um frasco de perfume, um daqueles que estava sobre a pia negra
Meu nariz escorre, quer mais, sangra como a fumaça irritante de São Paulo
Quem viu bandas tocarem ao vivo em casa quer ver a santa dançar com roupas minúsculas pela restinga
Sem roupas
Coloco os óculos escuros de abelha que você me deu, meus olhos começam a derreter
Relatar a alma de poetas mortos
Liras dos Vinte Anos
Rasgada a camisa-de-força, te pego pelas mãos doces
Meladas de mel
Te levo para passarmos a noite na Taverna
Para que possas ver meus cachos sob luz crepuscular
Se derreterem como ouro, como chakra ativado, luz fluidificada, amor
Na taverna voam tiês enérgicos, corujas gigantes, pássaros de fogo
Ouve-se o som de aviões partindo para Nova Iorque, ondas de ressaca destruindo todos os obstáculos que encontram pela praia
Levando embora os bancos perdidos
A saudade do Alentejo
Dos paralelepípedos de Ouro Preto
Das Margaridas brotando em pedras ásperas
Alentejo
Lembras, amor?
Gaviões, araucárias, gralhas azuis, fogo, pedra?
O perfume de teus frascos refletem por todo o ambiente
Soube agora que um tenente se enforcou
Ele estará relatado para sempre em minha poesia
Por ele oro e peço: não atentem contra a vida nunca!
Rezem por ele, em sinal de respeito
Falem, exacerbem amor
O amor é a única forma de nos encontrarmos com Deus, mesmo estando só
Loucos
Recitando sós palavras desconexas em casa
Rezo por Kurt, outro suicida
Rezo por Cássia, Cazuza e Raul
Álvarez, Fagundes, Sócrates
Pelo estupro das virtudes, venha com intenção de guerra, armas engatilhadas
Sexo em chamas, pássaro de fogo, mata verdejante
Trinta anos
Amor intenso
Balzac, Pessoa, tempo
Desde 2007 as uvas vem curtindo amassos, rolha, pressão, luz pouca
Plata
Em 2011 tudo terminou e pode voltar
Metade do homem que eu era, um poeta
Uma nova champangne
Feita de uvas puras, perfume de borbulhas
A você que disse implicitamente, não te amo
Sumí, desapareci do mapa, fui na asa da tiê
Borbulhas
Em uma camisa-de-forças, em Nova Iorque, na mata
Te digo que beijo tua boca, teu sexo e toda a luz que puder me proporcionar
Pois estou ficando louco. Saio falando palavras desconexas pela casa
Venderam a casa, o policial se suicidou, a restinga está quase atingindo estágio primitivo
Nunca intocado, de regeneração meu coração se ressente
Abro outra garrafa de malbec, Macário
Noite na Taverna, Lira dos Vinte Anos, Túmulo
Perfumes sobre a lápide, indie
Foi ela quem pela primeira vez me mostrou os prazeres do sexo
Recarregou o fluído de meu isqueiro
Ao lado dela ouvi o piado da coruja gigante, fui para o Alentejo, viajei ao pé da serra
Fui mordido por javalis imensos, vi neve, Nova Iorque, o Vale
O leitão morto no forno queimou, você me beijou em agradecimento
Completaram meu copo com batidão, paralelepípedos escorradios, frio de inverno
Festival
Corpo putrefado, macário, necrofilia
Camisa-de-força, por favor
Loba da madrugada, com suas orelhas antenadas, crucifixo no peito, Judéia, Paulo, cegueria
Amor
Amor
Amor
Romã, beijo na boca, aeroporto John F. Kennedy
Olhos derretidos, pássaro esvoaçante, tecla de piano, calcinha mollhada, restinga, coruja gigante, camisa-de-força
Beijo, só isso que preciso, meu bem!
É tão tarde, por que não dormimos?
Vendastes meus olhos e tudo parece escuro, macábro
Como as flechas em volta do túmulo na São Francisco
Castro Alves voltou a Minas, mas sem Marília
Oh!!!! Que tristeza com Marília.
A Eterna amada, das longas madeixas, do filho
Auxiliada por Aleijadinho foi te visitar Dr. Tomás, seu bruto, insensível homem (Não adianta para mim psicografar)
Há de retomar o amor eterno! Seu bruto! Esqueça Dijanira! Marília te amou, ainda ama...
Tomás, acorde!
Não vês as obras de caridade que ela faz pelo universo, junto de Paulo?
Se prendes a poesias, camisas-de-força, restos?
Tomás, Marília está em Nova Iorque! Acorde, homem!
(Penso na Argentina, em Mendoza, onde produzem malbecs, o que tomo é de 2007, La Plata)
Não, não Tomás!
Beber vinho, assar leitões, este definitivamente não é o caminho!
Lindo, costure um sofá vermelho, abra meus frascos de perfume, agite-os ao ar
Derrame-os em mim e me encha de beijos
Não vês que estou toda aberta para você?
Exalando sexo, vontade, liberta da camisa-de-força? De Nova Iorque?
Do filho, da Bahia, da África?
Se Tiradentes nos olha hoje, com seu olhar de 360º, olha para a Casa Bandeirista, onde tive nosso bêbê
Você trabalhou lá, lembra amor?
Fazias trilhas todos os dias, esperava o lobo amarelo, pensava em mim, lia poemas de Tomás
Amava tanto
Com gosto apurado, noites brancas e frias, cabelos em fogo, vermelhos vermelhos
Pássaro de fogo, te abençoo
Abençoai-me Cristo!!!!!
Água-benta, imploro
Sexo
Beijo, amor, estou tão triste, louco, perdido
Volte logo de Nova Iorque
Das serras
Rios
São Paulo
Fumaça, coloque o escapamento em minha boca, ligue o carro, acelere na restinga, na Bahia
Vende meus olhos, por favor!
Abra os frascos de perfumes.
O tempo puro?
Está chegando?
terça-feira, 12 de julho de 2011
Meu Nome Não É...
Johnny, hoje vou te fazer sorrir!
Me abrir inteira para você
Terás o impossível, não o possível
Irei dançar e cantar na tua frente
Com minúscula roupa íntima, apenas
Te trarei vinho, muito vinho!
Balança e morangos tenros, suculentos
Te falarei sobre matas, pássaros de fogo
Profetas, falanges de espíritos de luz
Darei-te um passe com minhas mãos quentes e energéticas
Desenharei um mapa branco em meu corpo para que possa tocar, sentir e chegar
Colocarei rocks grunges em alto volume para você ouvir
Te alimentarei com mais vinho, morangos ácidos e brilhantes
Meus olhos serão incandescente luz
Sussurrarei palavras baixas em teu ouvido que amor nenhum sussurrou ou sussurrará
Arrumarei nossa cama, te farei a barba
Tecerei o manto para tua pele com o linho mais alvo
Te darei uma filha linda
Comprarei tapetes aconchegantes para teus pés não pisarem nunca em mármore frio
Nunca te farei chorar
Banharei teu corpo com óleos essenciais, mulungu
Estalarei teus finos dedos
Massagearei teus ossos, tua carne, teu sangue
Tua cruz
Beijarei tua face mil vezes
E mil vezes não me beijarás
Construirei para ti um barco forte
Que navegue até as montanhas dos Andes
Equiparei teu carro com potência inigualável
Para saírdes nas noites gélidas sem medo
Sem mim
Encherei tua taça com mais vinho
Mais ácido, mais mel
Mais beijo, ingredientes químicos de batom
Te indicarei onde reside a cobra de sete quilômetros, o lagarto e o bagre cavernícola
Plantarei sementes para ti e nossa filha
Tirarei a minúscula roupa íntima e te farei gozar
Soltarei aranhas em teu quarto de piedade para te protegerem
Revelarei fotos antigas do Paraíso em preto e branco
Fruta-cor
Acenderei teus olhos, teu cigarro e tua cortina
Teus lençóis, o rótulo de teu vinho
A grafite de tua lapiseira
Tua vitrola
Minha roupa íntima pequena
O pássaro vermelho
Avião
Teus poemas tão meus
Me jogarei novamente sobre teu corpo e novamente gozarás
Apagarás o fogo e te farei café, bolachas
Buscarás mais vinho e não acharás
Tão pouco minhas lágrimas, minha roupa íntima, minha lembrança
Na estante apenas Grande Sertão, Veredas
Agulhas, flores e casaco Adidas
Te levo para Nova Iorque, Ilha Comprida
Faço conexões sem escalas
Ruborizo tua face alva e pura
Domo a coruja
Propago amor contigo na Restinga
Transo na praia
Quebro galhos de árvores mortas
Acendo mais fogo
Sobre o manto de linho branco, coloco em ti flanela quadriculada, chapéu de palha, costeletas feitas de rolha queimada
Completo tua taça, dou beijos suaves
Propago mil maravilhas sobre tua pessoa
Te idolatro e beijo teus pés
Os lavo com água fluidificada
Ramos de acácias, romãs
Mostro-te os seios e os acaricia com gula
Toques faiscantes, brutos como dentes
Coloco paralelepípedos em tua calçada
Reformo tuas janelas com a cantaria mais árcade possível
Para lembrardes do tempo que passou
Não voltou
Peço-te perdão por meus erros
Devaneios
Pela cambraia amarelada de meu vestido roto
Pelo violão que não soube dedilhar quando te quis cantar
Pelo vinho que acabou aquela tarde
A uva que não frutificou
Pela geada, pela lua nova
Os cristais de gelo em tua face face branca, morta
Por teus heróis que faleceram vitimados pelas drogas
O arroz que queimou
A água que não ferveu
O filhote de pássaro que caiu do galho
O irmão que foi atacado pelo predador
O outro irmão que foi atingido pelo raio
Enquanto chovia e você dormia, pós-coito
Por vendar teus olhos para me sentir intensa
Johnny, hoje vou te fazer sorrir...
Recarregar teu isqueiro
Tua chama forte, tua pedra de fagulhas de fazer fogo
Colocarei em teus pés novas ferraduras
Passarei veneno em tua flecha Centauro
Para acertar o Cupido que me acertou
Vendou meus olhos, me deu balança
Enquanto pendo irremediavelmente para ti
Para teus olhos, tua boca de labirintos
Trarei para ti mais vinho, mais taças
Te embebedarei para te sentir mais intenso, mais viril
Cultivarei tua vinícola com esmero
Cuidarei de teus porcos, tuas plantas e sementes
Tua gata, teu cão, teu amor
A ela enviarei tuas cartas com cheiro de uva
Postarei mensagens, lançarei garrafas ao mar, próximo ao barco forte que para ti construí
Orarei por tua santa
Nossa Senhora Mãe dos Homens
Em reverência, com véu de linho sobre a face ruborizada
Tocarei meu sino, somente você ouvirá
Acharás caminhos de felicidade no escuro
Minha face, minhas costas
Boca
Te guiarei para casa quando o combustível e o motor de teu carro não mais aguentar
Quando tua cabeça rodar, te darei mais vinho
Acariciarei teus cachos com minhas unhas negras
O som eterno de minha voz
Passarei mel em teu corpo adormecido, tua mente cansada
Em devaneios, sintonizada folk
Festivais de blues e fandangos pretéritos
Fotografias de abraço, perispíritos unidos
Cristo
Morangos ácidos
Grafites âmbar de lapiseiras
Metal abrindo rolhas, rasgando rótulos
Minúsculas roupas íntimas
O tempo puro está chegando.
Assinar:
Postagens (Atom)