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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mirela MDCCLXXXII

Onde houver amor não haverá ferida
O futuro, sei que não existe
O anti, não haverá
Nada haverá
Haverá amor
Quando encontrar a mão de Cristo
A palavra, o alento natural
Mudo de planos como que troca shampoo por passagem
Vida já não há
Há uma profunda melancolia
O desejo de ser melhor do que aquele que se afunda e não volta jamais
Se me embrulhassem em papel alumínio e queimassem
Não cumpriria a promessa que fiz
Exemplo
Deixaria cair um copo de vinho tinto ao chão
Meus olhos escorreriam sangue
Cumpriria a promessa até o final
Seria incógnito aos teus olhos de mel
Sempre incógnito
E você vai por aí
Correndo
Cabelos vermelhos ao ar
Reflexo da praia
Quanto sacrifício, meu amor
Quanto sacrifício
Andando reto o mundo anda melhor
Os desejos se retraem
Há compaixão
Passar da tristeza à melancolia escorrida
Terna
Quem criou?
O amanhecer cai suave como gotas de luz das árvores
Gotas de prata escorregadias
Ninguém bebeu
Pensei em ir embora, mas era preciso voltar
Era preciso
O mar que engole, traga, vomita
Meu lixo
Talvez um dia caminharemos nas estrelas
Talvez um dia
Para atingir a cachoeira 
Será preciso descer
E sempre, sempre subir
Com o corpo limpo
Fotografia
O segundo Paraíso
Segundo Paraíso
Houve um desejo de natureza
Mas o amor que a tudo abarca
Singra a queda
Um beijo com vontade
O desejo esvoaça nas asas da ave marinha
Da gaivota que sangra de branco o céu
A água do corpo salgado
Muito salgado
Há marcas em ti indizíveis
Irão passar
Como a voz, o soluço
Não hei de passar
Não hei
Pensei baixar os números ano a ano
O que sei, o que sentes?
O quê?
Descansa, o amor
Em céus prateados cintilantes em luz desconhecida para tua natureza humana
É hora da verdade
Da verdade.

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