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domingo, 27 de novembro de 2011

Turquesa


Teu corpo estendido a cinquenta graus no Posto 11, derretendo
Virando tela de pintores com a boca e os pés, os relógios do calçadão escorrendo por entre os chapéus-de-sol
Sem fim
Pegas o ônibus e teu corpo ainda está suado
Chegarás no apartamento e tomarás um banho de água doce
Farás arroz, lombo com abacaxi e ameixas
Sozinha
Prometes ao telefone que o próximo final-de-semana será diferente
Irás consolar, não ser consolada
Juro que farei o possível, todo o possível
Para me comunicar inaudível, presentear-te com cristal de elementais
Enfeitar as paredes de teu quarto com flores
Voz
A voz de um anjo distante
Pousado nas areias brancas da Enseada
Observando biquínis, o mar turquesa
Quando as ondas quebram teu cérebro de menina se parte em tantos pedaços
O anjo recolhe, junta tudo e leva para Aruanda
Te devolvo com um sorriso faceiro, ganho o teu sorriso e já não há mais nada ao redor
Tudo derreteu
Ficou teu foco
Dois corações estilhaçados
Um parati-chorão
Sim, isto me faz feliz.

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