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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Olho


Quando estendes a pálpebra para baixo e vejo os vasos sanguíneos de teu olho sinto uma aflição indescritível
Sei que você não lê mais sobre bêbês, não vê mais minhas fotos
Parou de tomar remédio tarja preta, se reabilitou
Mas eu...
Fui ao profundo da depressão sem amor à atual solidão
Sim! Isto realmente me faz feliz!
Tenho a esperança que um dia o avião há de chegar trazendo diamante rutilante
Vou rasgar a camisa-de-força, abandonar a poesia e viver proferindo as frases do livrinho
“-This is the end...”
Vou andar pela mata procurando como louco a pena vermelha do tiê-sangue
Se eu achar?
O que ganho?
Almejo um sorriso e um sincero agradecimento
A pena te faria feliz meu amor?
Ou um bêbê?
Um anel?
Beijo então?
Nada!!!
Se me dissesses nada e sorrisse ficaria feliz
Se me dissesses nada e não sorrisse ficaria louco de amor por você
E todas as vezes que abrisse esta página iria ali ver teu retrato em matizes incompreensíveis à razão, não ao sentimento
Indescritível saber que você está longe, sem notícias tuas bato na mesma tecla e todas as vezes tento bater diferente
É tiê, aniversário, quarto, pássaro para lá
Pássaro para cá, JFK
É difícil mas sinto uma imensa graça nisso, és o pedaço que nunca tive e provavelmente nunca terei, sei
Não desanimo, talvez esteja te alegrando
Estou?
Nada, não é?
Sou teu olho fotográfico inserido no interior do triângulo eqüilátero
Flash
Sorvete, flor, chocolate, rosto, lençol preto, anel
Paisagem
Teu prato, tua seringa, cerveja
Não amor, eu não tenho uma arma.

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