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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nova Iorque

Já neva por aí, ao menos é o que os repórteres dizem
Vejo no plasma a neve branca cair, dificultar o trânsito
Já não posso esperar quando o tiê irá pousar em meu ombro e dizer: voa
Caio como flocos congelados, mas em teu coração sou o pássaro que te fala amor
Não bico, você partiu a muito tempo
O relógio derrete desde então como um parafuso perdido, como o cerrado forte
Os tentáculos de um sol agarrando nossas cinturas e nos dando um caldo de mar
Em tua boca uma estrela, o sorriso da felicidade
Vejo você jogando buquês de pétalas douradas no Central Park
Um banco e a neve
A flauta de Pãn, seres alados a te fazerem carícias
Como um anjo deixou cair uma pena
Vermelha
Na neve de Nova Iorque.

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