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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Partida

Sentimentalismo que parte em vôo de avião branco
Temporada de furacão
Tornado
Partistes com os olhos tão marejados
Incertos
Perdi a despedida como quem chega ao aeroporto e perde o avião
Não o achas em meio a neblina, as torres de comando
Traduzem luz
Aqui, o tiê procura sementes em meio a floresta grande
A regeneração natural continua ocorrer em processos mágicos
Tua ausência é sentida
Em despachos, escritos de espíritos diamantinos
Tornados tudo devastam, fazem uma revolução na alma
A vida tu ganhas
Perdemos e continuamos
Plátanos, maples, pinheiros
Em tua floresta voa a águia-americana, imponente
Sequóia
Aqui brota o mulungu, o cedro, a araucária
Gralhas-azuis bicam pinhões
Rasgam corações, sem esconder, apesar do jeito tímido de ser
Espero melhoras no dente
Que possas gritar a todos os pulmões cantos maviosos
Bebes
Aprendes em vôos cada vez mais amplos
De retorno, volta, partida, resposta
Tão distante, cansada
Penas em preto-e-branco, pensamento
Penas ferruginosas, tais quais somente a fêmea do pássaro possui, asa de avião branca
Madrugada de santos, estrela
Amarelo, vermelho intenso, revolução tornada sem efeito
Vento forte, costa leste, colo
Tornardo em Joplin, muda de aroeira voando longe
Saudade.

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