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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Stella

Declamas poesias de amor próximo ao jasmim
Aceitas um convite na noite gélida
Vens
Com seu alforje grunge quadriculado
Sorriso alvo, não negas
Como a brisa relutante rápida a enrubecer meu rosto
Vai como vens, bem
Lua, pimenta, pão-de-queijo na boca
Este é teu, grato
Gesticulas com o dedo sinais de união, acordes de rock
Dentre todas que negaram, aceitastes com tanta resignação minha alma só
A acompanhar mais uma vez a noite, espero
Tua declamação de poesia de amor
E tuas poesias a rodar o mundo, perdidas em relíquias de outros homens
Queimadas como chama forte
Comparativo
Nos poetas não se pode confiar, apenas sair, deixar
Engodam com suas palavras doces até chegar subitamente o fim áspero
Deleitam-se em sorrisos alvos, cachos de inverno
Perda
Canais próximos não encontrados, caiçaras
Gata branca sob o carro preto, sexta-feira treze, heroína
Elementos saborosos amortecendo cigarros de morango, kiwis
Estrela a abraçar um mar
Cão correndo atrás de pombos, cortando água doce e sal
Apesar de a noite estar gélida, tua flanela quadriculada te proteger
A poesia de tua boca não cessa e é raro encontrar poetisas na noite
Poetisas que saem desvaraidas e humildes em busca da magia, hálito de mar
Atitude antitudo, meu coração se espraia
Confunde praia com noite
Sol com pimenta verde queimante
Imóveis, casa para morar, confissões

Sei de ti que apenas ama.

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