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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Solidão

Sigo invariavelmente só a minha jornada
Tento recompor a tela etérica e até mesmo a tela búdica
Fortalecendo o perispírito dos anos de coração estilhaçado
Tomo banho na cachoeira, no mar
Intento comprar uma muda de arruda
Cabeça-de-negro
Trocar o carvão ativado do filtro de água que há anos utilizo
Nada basta
Nestes tempos de solidão, sinto falta da terra-roxa
Do cheiro de chuva a cair na terra
Da Atlântida, da Lemúria e de Roma
Dos versos diáfanos que nunca soube fazer
Magos e feiticeiros não me rondam
Rezo ao Cristo e o Cristo vem
Com suas mãos iluminadas, seu sopro benfazejo
Auxilia na reconstrução de minha tela búdica
De meu amor dilacerado, pronto a imantar
Não frequento mais boates, casas noturnas onde ao sol não se permite entrar
Inexiste ali a limpeza espiritual necessária, a qual somente os raios do astro-rei podem iluminar, quiçá minha vontade
Flui a água de meu corpo, de meus glóbulos vermelhos e brancos
De todo meu interior
Conforme as fases lunares
As formas fluídicas de polvos, tufões negros, a rodear meu plexo mental já não mais existem
Hoje sou outro homem
Um homem só.
(Que Pai João me proteja).

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