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terça-feira, 8 de março de 2011

Vida

A cor da minha presença está desfigurada pela sua falta
Já superei o perigo (mas não as feridas)
Que corroem minha rígida pele
Este é o tempo de minha vida (o complemento de minha alma)
O instante de minhas ações (a consequência de meus atos)
Te procuro pela densa relva (- Não me deixe!!!)
Avermelhada pelo entardecer (escura pelo anoitecer)
(Vazia sem você!)
Estes são loucos dias em que minha insanidade contrasta
A lucidez de seus olhos (negros como o mar) puros como as trevas
A primavera contamina nossos corpos secos pelo ódio da saudade
A poeira do deserto enche meus olhos com lágrimas
(Correm livres...) pelo seio da face rosada
Evapora o orvalho úmido no branco gelo da noite
A mim recobre
A inflorescência do mal que se expande
(Banco de trás do meu carro)
Onde vejo os clarões provocados pelas estrelas
Tão escuras como a paisagem vertente
Laranja deserto chamado Vida. 

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