Mais do Mesmo

Vai trabalha, menino!
Vai escrever sobre o amor, a guerra e Deus
Sobre a paz dos novos tempos e o esforço de cada um
Cada dois
E na cadência da pátria carnavalesca
De purpurinas verdes e lantejolas amarelas
Reino puro do país do futuro
Mesmo depois da não-correspondência por parte da esquerda
Somos nós quem construímos a evolução
Fomos apenas pó e peixe um dia
Um outro transformou nosso ser
Fez pedra, morros e sandálias
Ultrapassai tu, ó destemido!
O vale profundo com retidão
Observai as novas estrelas, o céu e tua beleza
O sono corrompe
Tua pátria de anjos vislumbrários
Tudo alquebrado, ranço de injustiça
Reino ferido e faminto
Vai trabalhar, menino!
O barroco, o paradoxo e o sexo santo.