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domingo, 20 de março de 2011

Juízes

Passa, vai passando o tempo eterno (mais uma vez o tempo!)
Entre mil sonhos a Terra explode
Em dor, em bem, em progresso
Mas não sonhe muito, poetisa!
Não durma muito, poetisa!
Não entendeis o tempo, mas o tempo entende você
E se ressente pela falta de ação, pela falta de caridade
A Terra pega fogo!
Homens marcham incessantemente com suas tochas de fogo pelas fronteiras
Os animais, acuados, escondem-se nos grotões
A atmosfera condensa-se em um pesado ar
Quanta maldade... e acima de tudo o amor!
Tempos confusos estes
Após as duas guerras, grande avanço tecnológico
Fim de fronteiras, guerras de idéias, de fés (a unidade, vil homem?)
Guerra, guerra, guerra...
O mundo está em ebulição, em completa ebulição!
As florestas incendiadas, o cão raivoso, as aves pestilentas
E tu, poeta dorminhoco, não vês a noite passar
Olha a televisão, mal sabe se as estrelas estão caíndo
O mundo começando (acabando)
Teu sonho de escritora, poetisa, esvai-se quando procuras o sucesso
Saibas que és instrumento, não se esqueça mais disto
Nunca mais!
És o meio eficaz de transmitir mensagens de bem pelo espaço
Ajudar no adiantamento deste mundo pouco evoluído
Terminar com a hipocrisia, tua cupidez nojenta
Fazer com que a unidade reine nestes tempos difíceis
Muito difíceis
(Expanda tua fé, poetisa! Só assim serás feliz. Mas nunca provoque guerra em Meu nome.)
A unidade deve prevalecer apenas, tão simplesmente, através do amor e da caridade
O cotidiano te prova em todos os momentos as coisas mais lindas que um ser pode perceber
Mesmo sabendo que um dia sofrerás pelos erros do passado
(E não se julgue o tal, dizendo que não errou)
Quem sabe o que aconteceu?
Não! Não abaixe a fronte, caminha, corrige, perdoa
E gira! Roda a roda da vida e escreve teu nome na roda da estória, em qualquer roda
Que rode, gire e faça voar
Lá de bem alto, nevoeiro
Facilmente transponível os obstáculos do caminho
Se plainar o terreno, fazer sulcos e plantar a semente da aceitação de tua mísera condição, poeta
Lutar para que o ar que respiras seja mais puro
(Tenha o odor da poetisa)
Que se corte menos mata, que se coma menos gado, menos adrenalina em teu prato
(Jejú, jejua, jejuar)
Lute por alguém, por alguma coisa que condiza com bondade
Nunca pare de amar (Ensino do Alto).  

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