Minha casa é um templo
Vulgo "santuário"
Sol da manhã
Lobo da tarde
Patas de sagitariano rodam o mundo com o Drummond na ferradura
Talvez um Lamartine simbolizando redenção
E a solidão de Álvares de Azevedo
Vindo destas matas
Passei por imensos obstáculos
Topei com o rosto de pedra no meio do caminho
Milhares de formigas roendo a alma
Chuva que cai no mármore
Anjo sombra de cruz
Vento gelado da serra
Toca, luva e sobretudo
Abdução pela paz local
Neo, antigo ou gótico?
A esperança de ser certo
Óh! Paraíso terreno!
Garrafa térmica, chá com poesia
Pedacinho de goiabada com doce de leite
Onde foi parar toda bondade que movia o tempo?
Amarelo de um guará, veja-o
Habitante do badalar de sino, filho da mãe natureza
José e Maria
Abelhas-rainhas, operárias
Soldados pelas trincheiras de um grande espinhaço
Esperando transpor a longa distância
Entre o céu e a terra
Há tantos segredos e oxigênio, meu pulmão já não sabe mais o que respirar
Vir para fazer poesia
No fundo, no fundo... só espero o lobo chegar
Nomadear
Não pretendo chorar em meio a sucumbência epistolar
Não ao formalismo!
Naturismo é bom e eu gosto
De me saciar, olhar
Lobo-guará.
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